domingo, 7 de fevereiro de 2010

noite...

É, a noite tá linda... meu céu tem muitas estrelas
bem próximas de mim...
ela me pediu poesia,
dispenso a noite, dispenso as estrelas,
preciso apenas de sua voz em meus ouvidos
de sentir sua respiração contra o meu corpo,
seu cheiro...

Sei que são vãs as poucas palavras,
histórias rodeadas de histórias, de percepções...
a noite sempre surge bela e aguarda poesia
e a poesia se desponta em meio às estrelas
e aos seus sorrisos,
pois como diria o colega,
“o que pode uma criatura, senão entre criaturas amar”

Os poetas sempre se perdem em meio às palavras
e estar perdido não traz pressa,
traz intensidade...
as palavras se delineiam em gestos, toques e abraços,
de tudo que um dia não se sabe quando vai acabar,
ou quando vai começar;;;
sinceras palavras, antecipadas palavras...
escritores se antecipam ao tempo e à verdade...

Gosto de escrever nas estrelas, escrever na lua,
poemas que escreveria em sua pele,
e que não precisam ser escritos em mim...
gosto de jogar a vida prá cima e deixar que ela despenque
da forma que for,
que caia e se levante diante de meus olhos abertos ou fechados.

A noite é sempre linda
e espero que as estrelas que me vêem
estejam vendo você,
sorrindo prá você e trazendo seu sorriso prá mim....
se você me pede poesia,
que se faça a poesia,,,

Escrevemos ao mesmo tempo, um lendo o outro,
em nossos blogs,
o que vem de algum lugar, que talvez saibamos de onde,
ou talvez jamais venhamos a saber.
E jogar-me no desconhecido, é algo admirável...

Aguardo seu poema assim como aguardo minhas últimas palavras,
são palavras que me encantam
vindas de um coração ainda desconhecido, inibido...
aguardo a resposta das estrelas
as palavras que trazem prá que eu finalize o poema,
mas as estrelas não falam, e não vou plagiar suas palavras,
me inspiro, me refiro a você de forma direta e nem um pouco sutil...
me escrevo e reescrevo em inúteis versos,
me encontro e desencontro em meus desejos,
me recomeço, me aventuro, me despeço de prisões e de perdas.
Alço vôo, mesmo não sabendo como pousar...
porque corro o risco de ter que voar para sempre...

E me despeço em palavras,
terminado o poema...
e deixo um beijo encantado,
da cor das estrelas e com o cheiro da lua,
que toca seus lábios
e se desmancha em luz...

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