Com o tempo, tudo o que se passa nos constrói
e aprendemos a direção para onde
olhar.
Olhar treinado, desviado de
obstáculos confusos,
olhar atento, refinado; aprendido
com o tempo...
Mas nem todo o tempo que existe
nos impediria de olhar para o
sorriso errado.
Não importa saber que a direção
foi perdida,
que a resposta está quebrada;
não adianta entender as nuances
da genealogia dos erros
e contemplá-las em meu aporte de
conhecimento.
O que é do mundo está quebrado,
trocado de lugar,
errado em estar em si,
mas certo em errar,
porque não é meu.
E nem toda palavra que eu escreva
me impediria de olhar para o
sorriso errado.
Um homem de palavras
e coração cético
abraçado em ilusões de um mundo
criativo em demasia para estar certo
corrige o seu olhar
mas não apaga o fato olhado, o
fato ilusionado
o fato deslocado da direção
que nunca foi a certa
por uma mente incerta, desencontrada
do que está quebrado
em um sorriso errado
guardado
em um canto pequeno, delicado,
dilacerado de poeira guardada, acumulada
de olhares ajustados.
E nem todo ajuste que aconteça
me faria esquecer da ilusão de um
sorriso errado.
Feito em poema
meu ser é sorridente, barulhento,
palavreiro demais
guardado num canto, atrás de si
mesmo
olhando de longe as estrelas,
que parecem sorrisos
intangíveis em sua essência prima
o tempo me tornou sábio,
mas não acima da criação que
confunde a minha realidade.
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