Achei que eu era o vento no alto de uma montanha
a soprar belezas ao mundo em uma sinfonia desconexa.
Descobri que sou a chuva,
que todos querem que pare para não incomodar.
Achei que eu era poesia, cheio de palavras infinitas,
mas descobri que sou um tolo que escreve poemas para fingir
não sofrer.
Aquela sensação no peito e atrás dos olhos fica escondida,
e vazio, fico só ao lado de mim mesmo me fazendo pouca
companhia.
Até aqui acreditei estar vivo e pleno de criação
mas me percebi estático diante de um espelho quebrado
me vendo nas fissuras que rasgam o meu coração
escondido, esquecido, enfraquecido e dilacerado
deixando apenas lama ao parar de chover,
deixando apenas tempo ao esquecer de existir...
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