quarta-feira, 13 de maio de 2015

bebendo palavras

Hoje eu não tenho uma taça de vinho,
mesmo estando frio,
me permiti um copo de limonada,
sem a delicadeza de uma bebida de status,
que gosto muito;
mas hoje estou simples
de palavras fáceis e sentimentos desconhecidos.
Não quero um banquete,
algo simples pra comer me basta
e satisfaz meus desejos quietos e calmos;
e recuso a robustez das imagens
e deixo quietas as figuras de linguagem
para só me alimentar de palavras,
bebê-las e deixá-las em mim
como se fossem um pedaço inevitável da minha história.
E me sacio em beber as palavras
e não há frio,
há histórias que vivem ao meu lado;
e não há solidão,
há onde as histórias viverem;
e não há medo,
há o seu sorriso,
e te dou minhas palavras.  

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